segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rafinha Bastos não apresentará o CQC nesta segunda-feira (3)

 Fonte
http://colunistas.ig.com.br/natv/2011/10/02/rafinha-bastos-nao-apresentara-o-cqc-nesta-segunda-feira-3/

    A suspensão de Rafael Bastos do programa de CQC da rede Bandeirantes de televisão foi uma forma de aviso a este humorista de que seus comentários de cunho supostamente humorístico ultrapassou os limites aceitos pela esta empresa, sendo assim, ele deveria se adequar. Uma atitude da emissora razoável, mas acabou se traduzindo numa certa "vitória" para alguns que já não o suportavam, achando que se fez "justiça" por calá-lo.
    Novamente, Rafinha Bastos estreia mais uma polêmica. Já o defendi das outras vezes e continuo a defender, pode parecer banal ou até mesmo clichê mas é um direito constitucional de qualquer cidadão - a liberdade de expressão. Pois bem, todos nós podemos nos expressar garantido por lei, mas para tudo, existe o direito de ir e vir, que ao mesmo tempo que a pessoa se expressa, deve ser responsáveis pelas suas palavras. Sempre que a pessoa se sente ofendido por outro, aquela pode exigir uma desculpa. Entrar no assunto da ofensa, é uma outra história que eu já comentei.
     Rafinha não é um dos comediantes que eu aprecio, tampouco não gosto das suas piadas sem criatividade e, para alguns, grosseiros. Sentir-se ofendido pelas suas piadas depende da sua experiências. É óbvio que um homem não sentirá tão ofendido por uma piada que ele fez sobre mulheres estupradas, no mínimo pode sentir indignação, mas jamais contestar tão veemente como uma mulher, e mais ainda com uma mulher vítma. Porém, ele pode falar e depois se defender por isso. Isso é a liberdade de expressão.


     Mas como fazer com que uma pessoa ou até mesmo um profissional possa evoluir? Como esse comediante pode reciclar suas piadas, começar a criar humor mais agradável? Deixar de agraciá-lo com o que alimenta ou show, o aplauso. Creio que se um piadista conta um causo e não é agraciado com um riso, é porque sua performance foi medíocre. Se há repercussão sobre o assunto, se Rafinha ainda dá show ou possui programas com boa audiência, é um sinal que existem aqueles que acham graças nas suas piadas. E isso é relativo e individual.
      Eu particularmente não acho interessante suas piadas, seu programa e não vou ao seu stand-up. Se mais um milhão de indivíduos que aprecia um bom humor tivesse a mesma atitude, este humorista deixaria seu sarcasmo e grosserias para fazer uma boa apresentação na medida em que se atualiza ou estuda, ou então, se não houver talento na sua formação, poderia migrar para outra área do entretenimento onde ele se adapte melhor.
      Enfim, eu insisto, defendo a sua liberdade de expressão. Por mais que seja medíocre e efadônio, se há pessoas que gostam, não sou aquele que possa definir o juizo do gosto, e se há pessoas que o odeiam ou se sentem ofendido, que o processem e exijam o seu direito ao contestar, mas mandar calar, isso seria antidemocrático ou na pior da hipótese, inconstitucional. 

Nenhum comentário: